sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Música para nossos ouvidos, música para nossa cura


Desde épocas remotas o homem procura a cura para tudo aquilo que é incômodo, tudo que lhe doi, tudo aquilo que lhe faz mal.
É sabido que as primeiras civilizações já possuíam conhecimento sobre elementos da natureza capazes de aliviar suas aflições, fossem elas de cunho emocional ou físico.  Além de se utilizarem também de diversos rituais envolvendo músicas, danças e porções.
Hoje não é diferente, o homem continua buscando cura, resolução e fuga para tudo lhe aflige. Muitas vezes tanta modernidade e tecnologia não são suficientes para curar os males que assolam a sociedade, dando espaço a diversos tipos de terapias alternativas.  
Atualmente têm-se estudado as mais variadas opções de terapêutica, entre elas, a ação que a música tem sobre o comportamento humano. É interessante e eu diria até que é perceptível o poder da música sobre nossas ações e sobretudo em relação ao nosso estado emocional.  Pensando nisso, resolvi compartilhar a matéria a seguir com vocês.

Foto: pintura "Music is my life" de Alfred Gockel


Remédio sonoro: música diminui dor e ansiedade em pacientes com câncer


Uma nova pesquisa provou o poder da música do tratamento do câncer: cantar, tocar um instrumento ou mesmo apenas ouvir música pode reduzir a ansiedade e a dor, e aprimorar o humor e alguns sinais vitais (como a pressão arterial) em pacientes com câncer, melhorando sua qualidade de vida global.
Cantar ou tocar música também pode trazer um novo “sentimento de poder” aos pacientes que se sentem vítimas do câncer.
Segundo os pesquisadores, as terapias baseadas em música podem ser um complemento útil à medicação e outros tratamentos padrões de câncer. “Eu acredito fortemente que a beleza da música pode trazer uma esperança renovada aos pacientes e seus entes queridos, e energizá-los”, diz a pesquisadora Joke Bradt.
Durante anos, pesquisadores têm estudado terapias baseadas em música como um tratamento para uma ampla gama de doenças crônicas, dolorosas e emocionalmente angustiantes, como o câncer. A nova pesquisa revisou sistematicamente 30 estudos que incluíram 1.891 adultos e crianças com câncer.
Em 17 dos estudos, as pessoas ouviram música pré-gravada. Nos outros, as pessoas participaram de várias terapias baseadas em música que em alguns casos incluíam cantar, tocar piano ou criar ritmos ao lado de um terapeuta. Todos os estudos incluíram um grupo de controle que recebeu tratamento padrão de câncer.
No geral, tanto as sessões com musicoterapeutas e música pré-gravada reduziram os níveis de ansiedade dos pacientes e aumentaram sua qualidade de vida (medida por meio de questionários) melhor do que os tratamentos padrões.
Em alguns estudos, a musicoterapia também melhorou a dor e o humor (embora não os níveis de depressão), bem como a pressão arterial, a frequência cardíaca e a frequência respiratória.
Bradt diz que não há provas suficientes para determinar que tipo de intervenção musical foi mais eficaz. No entanto, ela acredita que as terapias musicais provavelmente serão mais bem sucedidas quando adaptadas aos gostos musicais e capacidade das pessoas de participar no processo de fazer música.
“Não é como quando você vai ao médico com dor de cabeça, e ele prescreve um tipo específico de medicamento que vai ajudar com a dor de cabeça de qualquer pessoa”, explica.
Robert Zatorre, um neurocientista cognitivo que estuda o efeito da música sobre o cérebro, diz que as qualidades musicais como ritmo e volume também devem impactar o humor e os níveis de estresse dos pacientes.
“Há muito tempo sabe-se que a música pode influenciar o humor”, diz Zatorre. “É por isso que existem canções de ninar; para acalmar os bebês que não conseguem dormir”.
Porém, mais estudos serão necessários para avaliar os custos e benefícios da implementação da musicoterapia tanto em pacientes com câncer quanto em outras populações.
Também, como os resultados medidos nesses estudos são subjetivos, outras pesquisas são necessárias para confirmar que a música, e não outros fatores, é o que está influenciando os resultados.
No entanto, o estudo é muito promissor. “O custo envolvido com a terapia de música é muito pequeno comparado a outros tipos de intervenções”, diz Zatorre. “Se ela funciona bem em comparação com drogas, por exemplo, é outra questão, mas seus efeitos colaterais são mínimos; sendo assim, vale a pena. A pior coisa que pode acontecer quando alguém não gosta de uma música é desligá-la”, conclui.[CNN]

domingo, 3 de julho de 2011

Primeira Vacina Parasitária do Mundo: Bilavente e Brasileira

A indústria farmacêutica, assim como os demais institutos de pesquisa, tem focado seus estudos na busca pelo tratamento e cura de doenças como o câncer, aids e demais patologias de grande repercussão. Ao mesmo passo, tem deixado em segundo plano o desenvolvimento de medicamentos, vacinas e outros níveis de prevenção e tratamento de doenças consideradas mais "simples" como as parasitoses, talvez porque acometam principalmente a camada economicamente menos favorecida da população. 
Diante desde fato, fiquei contente e surpresa, com a divulgação da primeira vacina parasitária do mundo, na  11ª Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), onde foi anunciado o desenvolvimento da vacina contra esquistossomose e fasciolose.  Além de bivalente e totalmente brasileira, a fase de testes inicia-se ainda esse ano. Não há dúvidas de que essa vacina representará um avanço fantástico na saúde, na qualidade de vida mesmo de toda a população brasileira.
Para esclarecer o processo, segue a matéria completa, disponível no Portal Farmacêutico - pfarma.com.br :


vacina-anti-helmintica_
O avanço no desenvolvimento da primeira vacina totalmente brasileira e a única vacina parasitária do mundo, contra a esquistossomose e a fasciolose (doença parasitária mais comum em gado no mundo), foi apresentado como um dos 40 casos de sucesso de inovação durante a 11ª Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que ocorreu semana passada, em Fortaleza. Fruto de estudos desenvolvidos há mais de três décadas pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o projeto, primeira parceria público privada exclusivamente nacional para o desenvolvimento de vacinas destinadas para o mercado mundial, inicia a fase de testes clínicos ainda em 2011.

  
A molécula Sm14, isolada e caracterizada pelo IOC, é a única reconhecida pela OMS como antígeno para uma vacina anti-helmíntica bivalente (Foto: Gutemberg Brito) 

Desde o início, o estudo foi apoiado financeiramente pelo IOC e, em sua primeira fase de desenvolvimento tecnológico foi apoiado pelo Programa de Desenvolvimento Tecnológico em Insumos para Saúde (PDTIS/Fiocruz). Em 2005, a empresa Alvos licenciou a vacina veterinária e a vacina humana desenvolvida pela Fiocruz, numa parceria público privada. A empresa foi adquirida pela Ourofino Agronegócios, que assumiu o processo.
Durante a apresentação, a coordenadora da pesquisa e chefe do Laboratório de Esquistossomose Experimental do IOC, Mirian Tendler, e a coordenadora de Gestão Tecnológica da Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Celeste Emerick, reforçaram a importância da iniciativa citando números relativos à esquistossomose, segunda doença parasitária mais prevalente no país. Segundo as especialistas, cerca de 600 milhões de pessoas vivem sob risco de se contaminar e 200 milhões de pessoas estão infectadas atualmente em 74 países.


Fonte:  Fiocruz 
Disponível também:  Portal Farmacêutico em pfarma.com.br




sábado, 16 de abril de 2011

Jesus o único remédio - Por André Valadão

Nessa vida "moderna" que levamos estamos muito acostumados a nos preocupar com as doenças físicas e psicológicas muito mais pelo fato de que elas nos impedem de realizar algumas tarefas do que pelo próprio dano que nos causam. E é comum esquecermos de Deus, de cuidar da alma, de cuidar do coração e talvez esse seja o principal motivo pelo qual as doenças que assolam a alma, como o que conhecemos por "depressão" tem sido o mal desse século. 
A Palavra de Deus é clara quando diz:

"O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos." (Provérbios 17.22)

E pensando nisso, resolvi trazer para vocês, por meio das palavras do pastor e cantor André Valdão o seguinte vídeo, para nos relembrar que JESUS É NOSSO ÚNICO REMÉDIO.
É um vídeo curto e muito bom, vale a pena conferir.




sexta-feira, 11 de março de 2011

Farmácia: História, Símbolos e Tradição

Nos dias atuais as pessoas têm se tornado cada vez mais especializadas e eficientes buscando destaque no competitivo mercado de trabalho. É muito comum que todos sejam muito bons na profissão que escolheram seguir, desempenhado da melhor forma suas funções muitas vezes "mecanizadas". O fato é que apesar de passarem anos e anos se preparando, a preocupação maior dos "novos profissionais" tem sido aprender a desenvolver a prática, esquecendo-se ou muitas vezes desconhecendo a história de suas profissões. 
Pensando nisso eu resolvi compartilhar com vocês um pouco da história, símbolos, curiosidades,da tradição mesmo da profissão que eu escolhi e tenho caminhado para desempenhar. 

Símbolo da Farmácia

Representado pela serpente é o animal da cura e morte. Ao rastejar é a imagem da vida terrestre.Ao erguer-se , estabelece um vinculo de energia entre a terra e o céu destilando no cálice o princípio curativo, de olhos abertos e dentes á mostra.O eixo ao redor do qual a serpente evolui representa a vara, o cajado, o centro da autoridade ou estar autorizado a concentrar a energia vital, recolhendo-a  na taça
pigente formatura de farmacia

História do Símbolo

A taça com a serpente nela enrolada é internacionalmente conhecida como símbolo da profissão farmacêutica. Sua origem remonta a antigüidade, sendo parte das histórias da mitologia grega.Tudo começou com um centauro: Chiron. Ao contrário da maioria dos de sua raça, caracterizados pela selvageria e violência, Chiron se dedicou aos conhecimentos de cura. Teve como um dos seus discípulo o deus Asclépio (também denominado Esculápio), ao qual ensinou os segredos das ervas medicinais. Asclépio se tornou o deus da saúde e tinha como símbolo um cetro com duas serpentes nele enroladas. Contudo, ele não utilizava seu conhecimento somente para salvar vidas, mas usava seu poder para inclusive ressuscitar pessoas.
Descontente com a quebra do ciclo natural da vida, Zeus resolveu intervir. Os deuses entraram então em batalha e Zeus acabou matando Asclépio com um raio.
Com a morte de Asclépio, a saúde passou a ser responsabilidade de sua filha Hígia, que se tornou dessa maneira a deusa da saúde. Hígia tinha como símbolo uma taça que com sua "promoção" foi adicionada por uma serpente nela enrolada. Essa cobra é, obviamente, uma representação do legado de seu pai. Assim o símbolo de Hígia da taça com a serpente se tornou, posteriormente, o símbolo da farmácia.
Segundo as literaturas antigas, o símbolo da Farmácia ilustra o poder (cobra) da cura (taça)


Cor da Farmácia

A cor amarela representa o ouro, que significa força, fé, pureza e, na profissão farmacêutica, aqueles que o conduzem estão obrigados a fazer o bem aos pobres e defender a lei.



Pedra da Farmácia

O topázio, pedra preciosa , reflete em sua luz a transparência no caráter, inspirando afeto e simpatia.Estimula a energia, a força vital e a criatividade.



Juramento
Durante a cerimonia de colação de grau de farmácia é obrigatória a leitura do juramento de farmácia, que segue abaixo:

Juramento Farmacêutico
" Prometo, em minhas funções de farmacêutico,
orientar sempre, sem nunca me impor,
auxiliar no que for possível,
não pensando em gratificações e agradecimentos.
Juro não oferecer drogas que,
conscientemente, saiba eu serem nocivas à saúde.
Evitarei qualquer ato de maldade
ou que favoreça o crime e a corrupção.
Prometo ainda ser um amigo leal,
que mereça a confiança das pessoas
em seus momentos mais difíceis
E espero a graça divina do amparo
para que eu saiba cumprir com dignidade a minha profissão."

              
Espero que gostem!
ISVM. =*

Juramento e imagens disponíveis em:

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O Primeiro "SIM"

Parece que o sol raiou mais feliz, mais intenso e mais brilhante hoje. Os sorrisos parecem mais sinceros e a melodia dos pássaros parece anunciar o esplendor do dia de hoje. Um dia tão magnífico assim não poderia prover senão o casamento, talvez o mais especial deles porque é o primeiro, porque a primeira mocinha do grupo cresceu e já está pronta para se tornar mulher, para carregar outros anseios, outras possibilidades. 
São poucas as horas que nos separam do grande momento, que nos separam da marcha nupcial, da entrada da noiva, do olhar do noivo ao vê-la caminhar pelo corredor da igreja, da emoção das amigas, das lágrimas discretas nos olhos dos pais dos noivos, da hora do "sim" e da ansiedade de todas as moças que almejam o bouquet. 
O meu desejo é que seja doce, que toda essa mudança que ocorrerá em questão de minutos seja doce, que a vida da nossa Sarinha, agora SaraheTiago,  seja sempre e cada vez mais abençoada por Deus e doce



O Sermão de um Casamento Especial 

Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento na igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas a única coisa que me desagradava era o sermão do padre: "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?”  Acho simplista e um pouco fora da realidade. 

Dou aqui novas sugestões de sermões:
- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga (o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e, portanto, a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.
Escolha o seu amor. 
Ame a sua escolha!
Mário Quintana

                                                                                                         ISVM=*

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A Personificação do misto entre Cápsulas & Letras

Falar de Cápsulas atreladas a Letras é quase que sinônimo de falar do nosso grande poeta e farmacêutico Carlos Drummond de Andrade, e é por isso que o segundo post do blog é uma homenagem a este homem que teve sua vida dedicada a cura física,como farmacêutico que foi, e a cura emocional como poeta, como poesia que é remédio para os corações apaixonados, remédio para os corações partidos.
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro, MG, no ano de 1902 e veio a falecer no Rio de Janeiro no ano de 1987. Formou-se em Farmácia, em 1925. Em 1934 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde assumiu o cargo de chefe de gabinete de Gustavo Capanema, Ministro da Educação e Saúde, que ocuparia até 1945. Durante esse período, colaborou, como jornalista literário, para vários periódicos, principalmente o Correio da Manhã. Nos anos de 1950, passaria a dedicar-se cada vez mais integralmente à produção literária, publicando poesia, contos, crônicas, literatura infantil e traduções, pelos quais ganharia fama que persiste até os dias de hoje.
No artigo "O Homem e o Medicamento" publicado na Jornal do Brasil na década de 80,Drummond retrata as relações entre as doenças, os medicamentos e a posição "psicodependente" que a sociedade tem perante a doença, o remédio e a cura. 
Apesar de o artigo ter sido publicado na década de 80, pode ser facilmente confundido como que redigido ontem. 

O Homem e o Medicamento 



“ULTIMAMENTE venho sendo consumidor forçado de drágeas, comprimidos, cápsulas e pomadas que me levaram a meditar na misteriosa relação entre a doença e o remédio. Não cheguei ainda a conclusões dignas de publicidade, e talvez não chegue nunca a elaborá-las, porque se o número de doenças é enorme, o de medicamentos destinados a combatê-las é infinito, e a gente sabe o mal que habita em nosso organismo, porém fica perplexo diante dos inúmeros agentes terapêuticas que se oferecem para extingui-lo. E de experiência em experiência, de tentativa em tentativa, em vez de acertar com o remédio salvador, esbarramos é com uma nova moléstia causada ou incrementada por ele, e para debelar a qual se apresenta novo pelotão de remédios, que, por sua vez…
De modo geral, quer me parecer que o homem contemporâneo está mais escravizado aos remédios do que às enfermidades.
Ninguém sai de uma farmácia sem ter comprado, no mínimo, cinco medicamentos prescritos pelo médico ou pelo vizinho ou por ele mesmo, cliente. Ir à farmácia substitui hoje o saudoso hábito de ir ao cinema ou ao Jardim Botânico. Antes do trabalho, você tem de passar obrigatoriamente numa farmácia, e depois do trabalho não se esqueça de voltar lá. Pode faltar-lhe justamente a droga para fazê-lo dormir, que é a mais preciosa de todas. A conseqüente noite de insônia será consumida no pensamento de que o uso incessante de remédios vai produzindo o esquecimento de comprá-los, de modo que a solução seria talvez montar o nosso próprio laboratório doméstico, para ter à mão, a tempo e hora, todos os recursos farmacêuticos de que pode necessitar um homem, doente ou sadio, pouco importa, pois todo sadio é um doente em potencial, ou melhor, todo ser humano é carente de remédio. Principalmente, de remédio novo, com embalagem nova, propriedades novas e novíssima eficácia, ou seja, que se não curar este mal, conhecido, irá curar outro, de que somos portadores sem sabê-lo.
Em que ficamos: o remédio gera a doença, ou a doença repele o remédio, que é absorvido por artes do nosso fascínio pela droga, materialização do sonho da saúde perfeita, que a publicidade nos impinge? Já não se fazem mais remédios merecedores de confiança? Já não há mais doentes dignos de crédito, que tenham moléstias diagnosticáveis, e só estas, e não, pelo contrário, males absurdos, de impossível identificação, que eles mesmos inventaram, para desespero da Medicina e da farmacopéia?
Há laboratórios geradores de infecções novas ou agravadores das existentes, para atender ao fabrico de drogas destinadas a debelá-las? A humanidade vive à procura de novos males, não se contentando com os que já tem, ou desejando substituí-los por outros mais requintados? Se o desenvolvimento científico logrou encontrar a cura de males tradicionais, fazendo aumentar a duração média da vida humana, por que se multiplicam os remédios, em vez de se lhe reduzirem as variedades? Se o homem de hoje tem mais resistência física, usufrui tantas modalidades de conforto e bem-estar, por que não parar de ir à farmácia e a farmácia não pára de oferecer-lhe rótulos novos para satisfazer carências de saúde que ele não deve ter?
Estou confuso e difuso, e não sei se jogo pela janela os remédios que médicos, balconistas de farmácia e amigos dedicados me receitaram, ou se aumento o sortimento deles com a aquisição de outras fórmulas que forem aparecendo, enquanto o Ministério da Saúde não as desaconselhar, e não sei, já agora, se deve proibir os remédios ou proibir o homem. Este planeta está meio inviável”.
Carlos Drummond de Andrade



Artigo disponível em:
http://farmacovigilanciablog.com

                                                                                                                              ISVM=*
      

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Uma historinha de saudade



 "O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo..."                                                                                                                           


                                                      (Mário Quintana)





             Acordei meio nostálgica hoje, querendo falar de saudade, e basta me conhecer um pouquinho para saber que minha maior saudade, se é que dá pra mensurar saudade, é do meu ensino médio, do meu Dzão, do CAD.

     Tudo começou há quatro anos, era 26 de janeiro de 2007, éramos quarenta e poucos desconhecidos e ninguém podia prever o filme de três anos que enlaçaria nossas vidas para sempre (que profundo isso, né? kkkkkk). Era o nosso primeiro ano, meu primeiro "bom dia" veio de Ivana, logo no primeiro dia ganhei minha primeira nota legal do professor de química,( sería isso um prenuncio de que eu seguiria o caminho da química na farmácia? kkkkk... Não, não seria não!), meu o primeiro amigo foi Gustavo, tudo graças a uma semana inteira de cabeladas, né Guga? kkkkk... E como em todo filme, os papeis de cada um dos atores vão se definindo aos poucos, era incrível como Felipe de Brito tinha o poder de "comandar" a sala, quem não lembra que ele conseguiu eleger nosso nerd, José Arthurzinho pra presidente de sala? kkkkkk...  E os nossos comediantes então? A sala não seria a mesma se Ewerton, Kaio, Marcelos, Flaubert, Arthur Filipe e o sono de Victor.Em menos de meio ano a turma já estava em plena sintonia, éramos um grupão de amigos divididos em pequenos grupos de irmandade, alguns deles como as MITA'S (Milena, Isabelly, Tássyla e Ana Dayse) permanece até hoje, kkkkkkkkkkkk. A primeira prova da nossa união foi gincana dos alimentos, a galera se uniu, foi pra feira, foi nossa primeira vitória., nossa primeira conquista juntos.
    Então veio nosso segundo ano e foi ainda melhor, com novos acontecimentos, novos romances começaram a se formar, tivemos nossa primeira viagem juntos(Olinda-Recife), nossa Bia virou garota CAD, Thiago era o novo presidente. E Joseque, desculpa eu ter feito você assinar papeis em branco que te complicaram no nosso jure simulado. kkkkkk... Ganhamos nossa segunda medalha na gincana dos alimentos, FACILMENTE nós ganhamos, né Felipe? kkkkkkkk... E por falar em coisa fácil, tinha gente que tinha a maior facilidade de ir pra casa mais cedo na sexta-feira, "Flaubert, vai voar!" kkkkkkkk...  E pra fechar o ano eram nossos rostos, ao menos nossas costas, no outedoor da escola.
     O terceiro ano chegou, era o ano mais esperado, nosso último ano na escola mas era também o ano mais tenso, tanto pelo vestibular quando pela separação cada vez mais próxima, Foi um ano de muitas mudanças, logo no primeiro dia a gente deu de cara com metade do "E" em nossa sala, o que gerou conflitos que duraram não mais que uma semana, afinal depois da primeira semana ninguém mais faz questão de sentar na frente! kkkk... O mais incrível é que sala não homogeneizou, de um lado o "E" do outro o "D", então fizemos uma espécie de acordo de paz, Manoel virou "E" e Breno virou "D". kkkkkkkk... As mudanças não paravam por ai, nosso presidente era o mesmo, ou não, pq "bigode" do primeiro ano era totalmente outra pessoa no terceiro,gostou da mudança,né Milena?kkkkk... E já que estamos falando das características físicas eu fiquei loira e Iara(nossa antiga loira) ficou morena, e aproveitando que estamos falando nas morenas não há quem não sinta saudade das danças e das loucuras de Jéssika Kaline. Mudamos de comando também, agora era Arthur Felipe o chefe dos nossos risos, e ele tinha a melhor equipe: MarceloS, Breno,Renan, Jefferson, Guga, Paulo e até Nelson (nunca ouvi ele dizer 3 palavras seguidas, kkkk), isso de melhor equipe quase vale pro time de futebol da nossa sala nos jogos internos, kkkkkkk. A maioria dos romances se concretizou também, Iara e Arthur, Milena e Thiago, e teve até campanha: "DAYSE PEGA PAULO DE UMA VEZ!" kkkkkkkk... Nosso terceiro ano foi tb nossa terceira vitória na gincana, foi nosso ano mais divertido e cada um (citados aqui ou não) foi essencial, quem vai esquecer dos nossos nerds(Arthur, Raul e Karoll), dos abusos de Mayara, dos choros de Ivana, dos risos de Jéssika Arruda,as expectativas com o vestibular, o Baile de Formatura,Ronaldo!, Cadê o chineeelo?! kkkkkkk...

Aaaah... Eu disse que ele se declarava pra mim na formatura, não disse meninas? kkkkkkkkkkkk... 

E assim se passaram três anos lindos, talvez os melhores que eu vivi e que me fizeram amar tanto cada um de vocês.                      


                                                                                                                                                      ISVM ;*